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Alice in Deathland on the other side of the Black mirror

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tohru-kun

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Nome da fanfic: Alice in Deathland on the other side of the Black mirror.(Alice no País da Morte do outro lado do Espelho negro)
Nick/nome do autor(a): tohru-kun
E-mail do autor(a): victor_hugo_nf@yahoo.com.br
Gênero: horror, darkfic, seinen, humor negro, sobrenatural, suspense.
Sinopse: Alice Haertfild é uma garota reclusa de uma família no minimo estranha, sua mãe era uma dona de casa que cuidava obsessivamente de sua estufa e frequentemente esquecia-se de alimentar a própria filha. Seu pai vivia em viagens à trabalho para o estrangeiro, onde tinha uma amante em cada parada, e quando voltava passava os dias em bordeis. Alice viveu nesse ambiente desde que se lembra. Um dia, Alice, que perambulava pela imensa e velha casa de seus pais encontra um enorme espelho negro de moldura prateada no sótão e é rapidamente estrangulada pelas mãos de seu reflexo que saíram do espelho puxando-a em direção ao mesmo. O que acontecerá à Alice agora? Leiam e descubram.
Número de capítulos: 36.
Terminada: não.


Death #1 – Traverse (Atravessar)

Quado nasci ainda devia existir algum amor, certo? Afinal estou viva, não estou? Mas sabe, eu realmente não faço ideia do que é estar vivo ou morto. Não lembro de ninguém me ensinar isso. Até hoje não sei o que é “isso”. O que é falar, o que é pensar, o que é sentir. Não sei, realmente, o que estou fazendo.
Até onde me lembro sou assim. Não sei quando aprendi a definir as coisas. O que é bom, o que é mau, o que é tristeza, o que é alegria, o que é dor, o que é fome. Só sei que um dia me dei por consciente. Estava lendo, aprendendo, comendo. Sei quem é, ou deveria ser, minha mãe.
Ela está sempre enfurnada naquilo que chamam de estufa, cultivando, cultivando, cultivando, cultivando aquelas plantas nojentas! Mas, eu sei o que elas são, huhu! Eu sei para que ela as usa, hihi! Eu sei o quam podre “ela” é, haaa! “Aquela mulher” absorta em seu mofo podre, hunf! Aaah... Eu quero ver sua reação! Eu quero! Eu quero! Eu quero ver a reação dela ver queimar tudo aquilo que ela presa, haha! Isso! É isso que “eu” quero! Eu sonho em ir lá e queimar tudo bem diante “daqueles olhos”! Sim! É isso que vou fazer! Haaa, haaa, haaa, como queria poder ver essa fantasia virar realidade... Mas não posso entrar “nela”. Não posso tacar nada “nela”. E, isso, me atormentaaaa!
Eu sei o que é pai. Eu sei quem ele deveria ser. Eu já vi a pessoa que supostamente deveria “ser”. Mas não o é. Ele não está aqui, “ele” não vem aqui. Ele ignora “elas” e ignora a mim. Ele ignora, ainda mais que todas “nós”, ignora à “ele”.
Mas eu vi! Eu vi, e vi, e vi, e vi centenas de vezes! Sim, “aquilo” que ele faz, nesta e centenas de outras “casas”... Aaaah, “ele” não merece esse título! Não merece! “Aquele” porco! Aquele monstro! “Aquela” puta insaciável, huhu! Haa, haa, sim, “ele” está sempre atrás de mais! Mais, mais, mais! Haha! Quantas iguais a “mim” ele tem por ai, hunm?! Quantas será que são? Aaah, minha vontade é vê-lo ser tomado violentamente igual a como ele tomou-as! Sim, sim, sim, siiiimmm! É isso que quero ver! Quero humilha-lo, humilha-lo até a mais profunda decadência! Isso! Fazê-lo cair até o ponto que ele deseje por isso, hi, hahaha! Mas é triste, é doloroso. Não posso realizar mais esse sonho, pois ele não vem mais aqui... Quanto tempo faz? Quanto? Quanto tempo faz desde a última vez que vi outra pessoa? Desde... Desde que “me” vi?
Minhas lembranças mais recentes são do sangue. Do “seu” gosto quente e vermelho. De “seu” aroma igual de minhas unhas e laminas. Haa, haaa, haaaaa! Sim! Esse prazer entorpecente, quente e fluido.
Sim. Venham mais, venham mais! Haha! Não me abandonem também, meus doces, doces animais.
Ontem foi um gato, antes foi um cão, antes ainda foi um ninho de pássaros, e ainda mais antes foi um rato.
É só isso que sei fazer... Só sei ver o sangue correr lentamente para que eu o lamba. Quente, fresco, e com o mesmo gosto que “eu”. Será esse o gosto da morte? Ou é esse o gosto de uma vida?

Até onde me lembro, já não sei quando, me chamo Alice. Até onde lembro – não lembro – sou uma garota. Até onde sei – não sei – estou viva. Ou será que já estou morta? Mas antes... Eu já estive mesmo viva?
Lembro... Não sei quando... Li. Não sei definir ler, só sei – não sei – que li algo que é chamado jornal. Só lembro, vagamente, “Alice Haertfild”... Me pergunto quem é essa. Será que sou eu? Não sei. Não sei como “eu” sou. Não conheço meu reflexo. Mas ao mesmo tempo não sei quando aprendi o que é o “meu” reflexo. Tão pouco sei por que me importo em descobri-lo. Ele é importante? “Sim”! Mesmo? “Possivelmente”. Então “é” ou “não é” importante? “Também não sei”. Então... Quem sabe? “Você... provavelmente...”.huhu, hahaha! Eu? “Eu” você diz?! “Não... 'você' quem diz”. Como? “Perguntando para a 'você', presumo”? ... Então... Onde “me” encontro? “Não sei... Desculpe...”. Hunf, certamente... Huhuhuhahaha ahaa. “Vais pro curar por 'Alice', Alice”? Vou. E quando encontra-la, me livrarei “dela”!

Quem sou? Onde estou? Como sou? Por que estou subindo estas escadas? Por que estou tão cansada? Por que estou tão sonolenta? Por que sinto esta agradável sensação quente e vermelha? Isto é eufórico! Que porta é esta? Que manto é este? O que é isto?
“É um espelho”.
O que é um espelho?
“É aquele que mostra 'você' de frente para você”.
Então posso encontrar-”me” nele?
“Se assim desejar...”.
Então... Como desejo...?

Era uma vez, uma garota. Com cabelos dourados que perderam o brilho e a vida. Longos até os joelhos. Era uma vez uma garota de olhos verdes. Lábios finos que raxaram. Pele que nunca viu o sol e só conheceu o frio. Era uma vez uma garota vestida com um vestido que lhe sufocava até que cedeu. Um vestido branco, que se tornou amarelo, que virou marrom, e então se tornou negro. Um vestido que cobria só até um pouco abaixo da virilha. Que perdeu as mangas e a forma. Era uma vez uma garota que segurava uma faca. Era uma vez... Um espelho negro. De moldura prateada. E de leve inclinação. Era uma vez... “Outra” garota. Uma garota idêntica a primeira. Com um sorriso tão psicótico quanto a outra. Com olhos tão mortos quanto a outra. Com unhas... Tão longas e negras quanto a outra. Era uma vez uma garota no espelho. Era uma vez uma garota em freante ao espelho. É uma vez... Uma garota do outro lado do espelho que atravessa suas mãos por ele... Que alcança o pescoço de sua “gêmea”... Que o aperta... Que “a” puxa... Puxa a si, mas não “se” puxa... Que aperta sem medo o pescoço de sua “imagem” e semelhança... Que a leva para o “outro lado”... Que a leva consigo...

†Continua†

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Death #2 – Rules (Regras)

“Ei! Está acordada?”
O que é “acordada”?
“Não sabe mesmo?”
Não
“Mesmo...”
É possível
“Você não é divertida como a “Alice”, Alice”
E dai? Não ligo!
“Mesmo?”
Certamente! Absolutamente! E definitivamente!
“Criança cruel”
Quem definiu isso? Você?
“Não... As Regras”
Que “regras”?
“As da Sociedade”
Que sociedade...?
“A sua... A minha... A “dela”... Todas tem regras”
Hunf! Não ligo. O que está acontecendo? Quem é você?
“Deveria ligar... Você está caindo, caindo na toca do coelho, do coelho branco manchado de negro pelo sangue de “Alice”... E eu... Não sou nada... Sou uma alucinação... Sou... Os ecos daqueles que não puderam ir até o fim...”
Fim de que?
“De Deathland... O País das Maravilhas que morreu com “Alice”... Que morreu com Alice e seu futuro em frente aquele espelho”
Estou morta?
“Não ainda... Mas em breve “Alice” matara você”
Não se eu não matá-la antes!
“E você consegue?”
Claro! Sempre matei para manter-me viva. Mais uma morte não fara diferença.
“Como sabes disso? Você já saiu daquela “casa”?”
Não. Mas sei. Desde quando me tornei consciente. Desde...
“Como sabes que tornastes consciente?”
Não sei... Só sei...
“Saber não quer dizer entender”
E dai? Não ligo.
“Deveria”
Por que?
“São as regras”
Denovo?
“Sim”
Que regras são essas?
“As de “Alice”, creio...”
Quais são! Diga-me ou te mato!
“Como pretende me matar?”
Matando!
“Hahahah! Alice, és ilaria! Então contar-te-ie as regras”
Ótimo!
“1ª regra: Deves atravessar todo o tabuleiro”
Que tabuleiro?
“O de Deathland... 2ª regra: Deves sobreviver”
A que?
“A “Alice” presumo, ou talvez a Você... 3ª regra: Deves tornar-se Rainha”
De que?
“De Deathland, e tomar o lugar de “Alice”, presumo... 4ª regra: Deves conhecer-te perfeitamente. Passado, presente e futuro”
Como?
“Descobrindo. Se souber como tornas-te consciente, talvez descobra como conhecer-te, presumo... 6ª regra: Deves retornar à origem e... Matá-la”
E a 5ª? Para onde foi?
“Está é sua, presumo... Qual é sua 5ª regra Alice?”
Mas não foi “Alice” que as fez?
“Justamente... “Alice as fez”, mas Alice também é Alice. E como Alice, deves ter sua própria regra, presumo...”
Minha regra...?
“Sim, sua, presumo...”
A 5ª regra: Matarei aqueles que tentarem me impedir!
“Boa regra, presumo...”

Era uma vez uma garota caindo em um fosso sem fim. Era uma vez uma voz que nada sabia e tudo respondia. Era uma vez uma garota que afundava na escuridão. Era uma vez uma criança que não tinha passado, mal conhecia seu presente, e nunca pensou em seu futuro. Era uma vez um sussurro que conversava com uma garota que afundava na escuridão. Era uma vez um passado, um presente e um futuro. Era uma vez uma garota que mudava. Era uma vez uma garota que para dentro de um espelho foi puxada. Era uma vez uma garota de cabelos amarelos pálidos e mortos, compridos até os joelhos. Era uma vez uma faca que os cortou até o pescoço. Era uma vez um corpo que mudou, um corpo que cresceu sem se conhecer. Era uma vez um vestido branco que cedeu, amarelou, encardiu, enegreceu e apodreceu. Era uma vez um armário. Um armário que caia junto na escuridão. É uma vez um novo vestido. Branco, sobreposto por um azul mais curto. Um vestido branco rodado que ia até os joelhos. Um azul claro que ia até metade das coxas. É uma vez uma fita tão vermelha que é negra. É uma vez uma meia de listras negras e brancas. É uma vez uma sapatilha negra. É uma vez uma garota crescida. Uma moça que desconhecia a vida. É uma vez uma moça com uma faca. É uma vez uma moça deitada em uma sala. É uma vez... Uma moça que acorda.

†Continua†



Última edição por tohru-kun em Sáb Jul 07, 2012 10:22 pm, editado 1 vez(es)

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Death #3 – Fresh blood (Sangue fresco)

Era uma vez uma sala. Ampla, espaçosa, cheia de portas. Do teto até o chão e as paredes. Era uma vez uma mesa de vidro. Sobre ela uma chave pequena e um frasco. Abaixo dela um embrulho pequeno.
Era uma vez uma moça com um frasco em mãos. Era uma vez uma moça com um embrulho em mãos. Era uma vez uma garota com uma chave em mãos.
É uma vez... um tremor, água e uma moça que se afoga.
É uma vez um rato. Grotesco e enorme, maior que um armário, de olhos verdes e pelo marrom que agarra uma moça que se afoga.
É uma vez... Uma moça que desperta rodeada de feras. O rato grotesco, um caramujo horrendo, um cavalo meio-morto, um papagaio meio-morta, um dodô deformado e costurado. Uma cobra com pernas e braços, mas cicatrizes do que pele. Um rinoceronte meio-comido, e meio, só a metade direita, elefante.

A visão turva, o cheiro podre, o fogo aceso, os murmúrios das feras, uma moça que ainda deitada, segurava uma faca.

“Acordada?” - pergunta o o rato sobre suas patas traseiras. - “Silencio? ...Procura... Coelho?”

“Que coelho?” - foi tudo o que dignou-se a dizer.

“Branco...” - respondeu o dodô que aproximou-se.

“Por que?” - perguntou a moça que enfim levantava-se, mas sem baixar a guarda.

“Ele sabe para onde deve levar Alice” - disse o dodô.

“E por que devo segui-lo?” - disse, demonstrando uma ponta de curiosidade.

“Para tornar-se Rainha conforma as regras” - ditou o dodô, enquanto o rato apenas juntou-se as outras feras.

“Denovo essas regras... Então, pro que me dizes isso?” - perguntou impaciente.

“Para poder morrer” - foi só o que disse e juntou-se as outras bestas.

A moça aproximou-se da roda de feras. La elas discutiam.

“Como ... a morte?” - disse o rato grotesco.

“Deve ser melhor do que continuar vivo assim” - disse o caramujo horrendo.

“Como sabes?” - retrucou o papagaio meio-morto.

“Concordo!” - exaltou-se o cavalo meio-morto.

“Certamente será melhor” - intrometeu-se o meio-elefante.

“Por que?” - perguntou o rinoceronte meio-comido.

“Porque não haverá mais dor” - disse o meio-elefante.

“E isso é realmente bom?” - lançou a incógnita, o dodô deformado.

“Claro... Deve ser melhor do que senti-la” - disse o papagaio.

“Então façamos uma corrida em comitê” - sugeriu o dodô.

“E o que seria isso?” - perguntou Alice finalmente se pronunciando em meio aquela conversa.

“As regras são simples. Todos correm, começam e param quando quiserem. E no fim...” - dizia o dodô.

““E no fim...” o que?” - perguntou Alice.

“O vencedor será premiado” - disse o dodô com um sorriso incompreensível no bico. - “Então, comecemos?” - disse levantando-se.

O primeiro a correr foi o rato, seguido pelo papagaio, o cavalo e Alice. Depois de alguns minutos o dodô, o caramujo, a cobra e o rinoceronte também começaram a correr em círculos naquela fogueira. Por fim, o elefante e o cavalo também começaram.
Alice sentia-se eufórica. Era ótimo correr, era como estar livre do cativeiro onde vivia, sentiu-se feliz, ou pelo menos deveria ser este o nome da emoção que sentia rodeada por aquelas feras correndo, e correndo sem sentido entorno daquela fogueira.
Passavam-se mais alguns minutos e todos começavam a desistir. Primeiro o elefante e o caramujo, depois o rinoceronte e a cobra, seguidos pelo papagaio e o cavalo e o dodô, e por fim, o rato e Alice.

“Então... ganhou?” - disse o rato.

“Isso, isso! Quem?” - perguntava o papagaio.

“Todos” - disse o dodô.

“Como todos? Então quem dará os prêmios?” - perguntou o elefante.

“Oras, só pode ser ela!” - exclamou o dodô apontando para Alice.

“Eu? Que prêmios eu poderia dar?” - perguntava a moça de vestido branco e azul sobreposto, meias listradas e fita e sapatilha negras.

“A morte” - respondeu o dodô.

“Como...” - questionou o rato.

“Sim. Como?” - manifestou-se o caramujo.

“Ela é Alice. Que veio matar “Alice” e tornar-se a Rainha Alice” - dizia o dodô sem dar-se ao luxo de explicar-se.

“Então? Ela pode nos matar?” - perguntou o cavalo.

“Certamente que sim” - disse o dodô, e acrescentou com o mesmo sorriso indescritível - “Vamos Alice. Nos mate”

Alice ficou ali, parada. A subta sensação de divertimento de pouco antes tornava-se contraditória. Tornava-a estranha.

“Vamos Alice. Nos mate!” - gritou o papagaio.

“Nos mate! Nos mate! Nos mate! Nos mate! Nos mate! Nos mate! Nos mate! Nos mate!” - exclamavam em coro as bestas.

“Alice... Nos permita morrer. Você não queria vingança...? Se nos matar poderá seguir em frente. Essa é a Regra desta sala” - disse o dodô, sussurrando em seus ouvidos ainda sorrindo e pondo a asa no bolso de Alice. - “Nos mate com isso” - disse, por fim, dando-lhe o frasco de antes em suas mãos.

“Então... Bebam” - foi o que ela pronuncio estendendo o frasco.

Uma por uma as feras foram dando apenas um gole no frasco de vidro azul escuro. Uma por um foram caindo, morrendo, e seu sangue que uma vez parara dentro de seus corpos fluía quente e vermelho de seus corpos que apodreciam.

†Continua†

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Death #4 – Meat & Bones (Carne e Ossos)

Alice via os corpos das feras apodrecerem bem diante de seus olhos, e o sangue fresco que espalhava-se e corria até a inundação de onde fora resgatada pelo rato grotesco de olhos verdes, ser tingida de vermelho.
Tão logo o mar a sua frente tornava-se rubro, uma mancha negra formada pelos restos decompostos das bestas, que lhe imploraram a morte, deu lugar à uma ponte de vísceras que ia até uma porta redonda.

Alice caminhou imponente sobre a ponte até a porta, e de seu bolço, retirou a chave dourada. Está chave tinha uma extremidade entelhes que pareciam crânios aglutinados, e na outra, seus dentes lembravam uma espiral de presas, belamente recortadas imitando o eixo de um antigo relógio ou vitrola.

Tão rápida quanto a decisão de seguir por aquela ponte, Alice pôs a chave na fechadura, girou-a lentamente em sentido ante-horário e abril a porta.

Lá dentro era escuro e frio, e em seu primeiro paço já despencara novamente em um novo poço sem fim.

Era uma vez, uma moça que descobrira a felicidade dá liberdade. Era uma vez, uma moça que tivera de abandonar sua recém-descoberta felicidade para seguir o caminho da morte. Era uma vez um novo fosso escuro no qual ela caia. Era uma vez uma moça que despertava novamente. É uma vez uma moça que acorda entre cadáveres. Cadáveres de moças iguais a ela. De Alices iguas a ela. De “mortos iguais a ela”.

Alice levantava-se e começava a caminhar entre os cadáveres de suas “irmãs”. Ela ignorava este caminho de morte como se não existisse. Afinal, o que seriam mais alguns corpos mutilados entre tantos que ela mesma criara, dia após dia para se manter viva. Sua vida naquela “casa” era tão bela quanto o mar de corpos onde estava.

“Isso era para me abalar?” - perguntou à si.

“Não Alice. Era pra lhe mostrar como sou poderosa” - disse uma moça de longos cabelos loiros e vividos. Um belo vestido azul com babados brancos e um avental tão branco quanto os babados. Uma fita preta era usada como arco. Sapatilhas negras contrastavam com o alvo de suas meias longas. A garota tinha um semblante doce, era meiga não importa como se olha-se.

“Ahn?” - resmungou Alice com um olhar de desprezo - “Então, você é quem? “Alice”? Ou apenas outra que está aqui para morrer?” - perguntou a moça de pele pálida, cabelos loiros sem brilho, curtos até o pescoço. Com um laço vermelho sangue tão forte que era negro. Um vestido rodado branco com um azul sobreposto, este mais curto que o primeiro. Meias longas até os joelhos listradas em espiral de preto e branco, e um par de sapatilhas negras.

“Sim, sou “Alice”, Alice” - respondeu a moça dos cabelos longos até o fim das costas, estes eram cacheados e sua pele era branca mas cheia de vida.

“Que bom! Posso matá-la aqui e agora!” - exclamou animada erguendo sua faca.

“Hahaha! Você é engraçada Alice” - riu a moça de avental que erguia um cutelo de uns 35cm.

“Hunf! Então a boa moça não quer me deixar matá-la?” - perguntou Alice tomando posição para correr.

“Claro, qual seria a graça se eu morresse fácil? Eu sou “Alice”, e não vou dar meu lugar para outra!” - disse a moça meiga que começava a correr com seu cutelo, com um sorriso alegre e divertido contra Alice.

“Ótimo! Também não teria graça se você não revidasse!” - exclamou alegre Alice que corria com sua faca contra “Alice”, com um sorriso psicótico.

As Alices começavam a digladiar-se sobre a sopa de carne, ossos e sangue sob seus pés. “Alice” balançava alegremente seu cutelo como se divertir-se neste combate de vida ou morte. Enquanto Alice atacava vorazmente tentando com todas as suas forças retalhar sua “gêmea”, mas era difícil, “Alice” apesar de meiga e delicada era forte e rápida nos seus movimentos cruéis e incessantes do cutelo.

Alice rebatia as investidas de “Alice” desviando-as com a lateral de sua faca a lamina afiada do cutelo. Era uma batalha de iguais, elas eram muito diferentes quanto suas “aparências” e “personalidades”, mas eram avidas por causar um banho de sangue. ambas queriam ver a cabeça da outra rolar naquela sopa de vísceras, mas elas não davam trégua para que a morte lhes alcança-se.

A batalha continuava a esquentar até que novamente um tremor se fez presente. E do alto descia a enxurrada da água contaminada pela qual Alice caminhara para alcançar a porta.

“Aaaah~!” - exclamou desanimada em um suspiro - “Nosso jogo vai ter que ser adiado Alice. Mas não tema! Se me encontra no tabuleiro e brinco com você denovo, mas só se você estiver viva até lá♥” - complementou animada a garota sorridente que corria da água vermelha e negra.

Era novamente uma vez uma moça que se afogava. Era uma vez uma moça carregada pela correnteza vermelha. Era novamente uma vez uma moça resgatada. Resgatado por um homem de roupa branca, braçadeiras e ombreiras. É uma vez uma moça que acorda em uma casa de pealha. É uma vez...


†Continua†

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William

William

Estou adorando a sua fic, nota 10, continue assim please, e se eu não posso postar aqui podem apagar este post se quiser.

Mas enfim, boa sorte com a sua fic Wink

tohru-kun

tohru-kun

pode postar sim... se não como vou saber o que acharam? >3<

muito obrigado^^ (o que achou da primeira luta das Alices? e o que achou da aparencia e personalidade das Alices?)

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William

William

achei massa a luta delas, as diferenças delas foram interessantes e talz.

tomara que elas voltem a se enfrentar novamente.

tohru-kun

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Death #5 – A sharp blade and a sharp tongue (Um lâmina afiada e uma língua afiada).

“Onde estou...?” – perguntou a garota de cabeleiras curtas até os ombros em um corte Chanel, loiras desbotadas tal como a cor da palha abaixo de seu corpo. Ela coçava a parte de trás da cabeça com a palma de sua mão direita e com a palma esquerda sustentava o corpo.

“Acordou finalmente jovem dama?” – perguntou o homem de pele morena e um tapa-olho. Ele trajava caneleiras, braçadeiras, cotoveleiras , joelheiras, um busto com ombreiras e um elmo ao seu lado. Um conjunto todo branco contrastando com o cinza de usa roupas. O homem era alto, bem mais alto que Alice, e deveria ter mais de dois metros, ombros largos, varias costuras e cicatrizes em seu rosto e suas mãos eram extremamente calejadas e com varias costuras também. Uma face de poucos amigos e o seu olho esquerdo que não era coberto pelo tapa-olho era vermelho.

“Quem é você?! Por que estou aqui? Onde está “Alice”? Eu vou mata-la!” – esbravejava a garota das madeixas loiras sem brilho.

“Jovem dama, se está aqui para matar “Alice” só tenho a agradecer. E pedir-lhe que tome cuidado. No tabuleiro regem as regras de “Alice”, ninguém morre, só “Alice” pode matar. Quem és tu?” – perguntou, se levantando e pondo seu elmo para olhar ao redor do lado de fora da cabana de palha.

“Ei! Eu perguntei primeiro! Que merda é essa seu grandão de merda todo fodido?” – perguntou Alice estressada e terminando de se sentar. Agora que olhava com mais atenção o grande homem não tinha o braço esquerdo e havia um buraco no meio de sua barrida que dava para ver tudo do outro lado. Era mais um morto como aqueles animais bizarros?

“Desculpe jovem dama, não me apresentei. Sou Weiss #339, sou um peão do tabuleiro branco aqui de perto. Ainda estamos em guerra com os Rot por isso estou atento. Mesmo que não possamos ser agraciados com a morte, ainda sentimos a sua dor. Não temos escolha a não ser lutar para proteger o que é nosso para que o reino dos Rot não nos tome” – disse o grande homem se ajoelhando e encarando Alice.

“O quê? Por que vai me encarar agora?” – perguntou a garota de cabelos curtos até o pescoço com uma fita vermelho sangue, tão escura que era negra, presa entre seus cabelos como um arco.

“você... É a nova Alice? Aquela que pode nos trazer a morte?” – perguntou encarando firmemente a garota que o devolvia o olhar sem qualquer intimidação.

“E se for?” – perguntou indiferente e observando a reação do peão branco a sua frente. E fora nesse instante que ela notara o seu estado. Tingida de vermelho dos pés a cabeça. Ela havia sido levada pela enxurrada contaminada junto com os corpos de suas antecessoras.

“Poderia me acompanhar? Até minha vil e matar a todos nós? Depois você pode se encontrar com a Rainha Branca. Ela irá ajudar a saber que caninho a ser usado para chegar até “Alice”...” – disse o vassalo se levantando e indo novamente a porta da tenda de palha .

“Por que querem tanto morrer? Se é assim por que não vão atrás da outra? ... E que roupas são essas?” – perguntou Alice irritada e ficando ainda mais ao ver um conjunto de peças de roupa ser entregue a ela.

“A “Alice” que reina aqui não nos mata, pois essa foi a regra “dela”. Essa foi sua 5ª regra; qual é a sua jovem dama Alice, nossa Madonna, Deusa da morte...Troque suas vestes sujas com o horrível tom dos Rot” – disse o grande homem saindo da cabana e deixando as vestes.

Alice não voltou a discutir, despiu-se rapidamente e enxugou o sangue de sua pele e cabelos, largando a roupa suja no chão. A garota pegou as roupas novas, um vestido rodado azul claro de saia rodada com pregas e babados pretos nas bordas da saia, nas curtas mangas que iam até metade do braço, do colarinho e em volta da cintura. Um par de meias 7/8 azuis marinhas com listras finas de branco e preto, uma bota de cano médio preta com fivelas, luvas listradas de branco e preto que não cobriam os dedos e iam até metade do antebraço. Alice voltou a amarrar como um arco sua fita vermelhas como sangue, e escura ao ponto de ser confundida com o preto, em sues cabelos loiros apagados e foscos como a palha a sua volta.

“Estou pronta...” – disse Alice saindo da cabana de palha com sua faca presa em uma parte entre as costas do vestido e o babado da cintura.

“Então... Acompanhe-me jovem dama” – disse Weiss #339 indo a frente de Alice em direção a sua vila. Em direção a sua feliz, e doce morte.

Era uma vez um caminho que não deveria se seguir. Era uma vez um limite que não se devia ultrapassar. Era uma vez uma garota sorridente. Era uma vez uma garota manchada de sangue. Era uma vez uma garota de cabelos loiros cacheados compridos até sua cintura em um dourado vivo. Era uma vez uma doce menina que tingiu o branco com o seu vermelho. Era uma vez uma menina que se tornou rainha. E uma rainha que se tornou carrasco. É uma vez... Uma “Alice”... Que quer brincar de matar a nova Alice.


†Continua†

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Death #6 – Dyeing a dress with the colors of royalty (Tingindo um vestido com as cores da realeza).

Era uma vez um conto feliz. Era uma vez uma vida feliz. Era uma vez um encontro do destino. Era uma vez o amor. É uma vez uma maldição. É uma vez... Uma vida sem coração.

“Jovem dama, estamos chegando...” – disse o homem de pele morena de mais de dois metros com um buraco que atravessava seu corpo em sua barriga e sem o braço esquerdo.

“Você disse isso há meia hora! Vocês não comem?” – perguntou a garota do vestido de saia rodada azul claro com babados pretos.

“Desculpe jovem dama. Aqui no tabuleiro as distancias não são muito certas, elas tendem a mudar conforme seu humor. Comida, a rainha deve ter, entre nós ela é a única que ainda está viva” – respondeu o homem das cicatrizes de costura.

“Que lugar mais idiota...” – resmungou a garota loira das madeixas opacas.

“Não esqueceu as regras minha cara Alice?”

“Vocês?” – perguntou em pensamento a garota.

“Eu. Sim. Possivelmente, crio eu”

“Não consegue ser objetivo?” – perguntou em sua mente em um om irritado.

“Consigo, creio eu...”

“Se vocês são ecos, por que falam assim? Vocês são estranhos?” – constatou a garota que esquecia-se totalmente de para onde caminhar.

“Somos? Assim também creio... Mas acho que é porque somos um pensamento unanime”

“Não entendo vocês. O que querem agora? Mais regras?” – perguntou a garota.

“Sim e não... Vim lembrar... 1ª regra: Deves atravessar o tabuleiro”

“Eu sei, não é o que eu estou fazendo?” – perguntou irritada ao que se sentiu ser parada ao dar de cara com algo grande e sólido – “Que merda foi essa?” – perguntou vendo que Weiss havia parado.

“Jovem dama, chegamos...” – respondeu o homem sem ligar para as ofensas que a garota proferira.

“Estás indo conhecer a Rainha Branca?”

“Sim, sim... Fiquem quietos!” – resmungou em seus pensamentos com os sussurros.

“Algo errado jovem dama?” – perguntou o homem enquanto andavam pelas ruas da vila próxima ao castelo. Lá podiam ser vistos vários homens na mesma situação de Weiss, deformados, costurados, desmembrados.

A caminhada não durou muito e após longínquos cinco minutos a garota loira estava sentada em um jardim de flores mortas de frente para uma mulher de pele extremamente pálida, lábios roxos de frio, olhos fundos em olheiras negras e um sorriso espremido nos lábios tortos.

“Bela dama que veio trazer a morte tão desejada por meu povo. Quer um chá? Um biscoito ou um bolinho? Quer carne ou fruta?” – perguntava a mulher tremendo a cabeça como se fosse um tique nervoso de uma máquina com defeito na repetição.

“O que é chá, biscoito ou bolo, e fruta? Conheço a carne, mas...” – fora interrompida pelas vozes dos sussurros em sua mente.

“Não sabe? Mesmo? Fala, mata e lê, mas não conhece nada além de carne?”

“Isso não é da conta de vocês, apenas morram!” – pensou fortemente.

“Bem que queríamos nossa Alice irmã, mas como bem sabe 2ª regra: deves sobreviver. Então peça algo e coma”

“Vou querer os biscoitos e o chá” – respondeu a garota do corte Chanel.

“Mesmo sem conhecer? Que coragem...”

“Não forma vocês que disseram para comer?” – perguntou emburrada o que chamo a atenção da rainha.

“Minha cara e jovem dama. Algo errado?” – perguntou a mulher no vestido branco com babados e uma coroa vermelha.

Era uma vez o passado. Era uma vez o presente. É uma vez o futuro. As manchas vermelhas se espalham e a chova negra encarde e acolhe. Era uma vez uma futura perseguição.

†Continua†

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tohru-kun

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Death #7 – Pawns (Peões).

“Não, nada... Só pensando” – respondeu Alice pegando um biscoito e depois experimentando pela primeira vez um gole do chá. Eram sensações novas, diferentes do gosto de sangue que era acostumada. Era doce, palavra que ela só conhecia dos livros.

“Então, minha bela dama da morte. Quando poderás começar o massacre?” – perguntou a mulher de vestido branco com babados de mesma cor e uma coroa vermelha.

“Mas por que matar os seus súditos? Isso não seria desvantajoso pra você? Não estão lutando com os Rot?” – perguntou a loira de olhos verdes opacos como seu cabelo.

“Sim, sim... Desde que minha boa e velha amiga a Rainha Vermelha se foi às coisas ficaram chatas. E “Alice” mandou os Rot lutarem conosco. Mas ninguém pode morrer. E é assim que “vivemos” nos últimos séculos” – respondeu a mulher de pele pálida e olheiras profundas e negras. – “Não durmo há pelo menos cem novas de lua. Mas tudo ficará bem. Nossa bela dama da morte está aqui...” – concluiu bebendo um gole de seu chá e depois sorrindo espremido entre os lábios repuxados enquanto mantinha seu tique nervoso de pender rapidamente sua cabeça para a esquerda e depois volta-la ao seu lugar normal.

“E por que não a desobedecem? Ela não os mataria por desobediência?” – perguntou a loira que estranhava a história toda. O que ela era? Um brinquedinho nas mãos de “Alice”? Nunca que aceitaria isso.

“Não podemos bela dama, só Alice pode matar. “Alice” nos força a viver para não ficar só. Enquanto Alice nos dá a liberdade de morrer” – respondeu a Rainha Branca repetindo seu tique mais algumas vezes em um tom maternal.

“Por que isso?” – perguntou a garota do vestido azul claro e meias azuis marinhas com listras brancas e pretas.

“São as regras” – respondeu um homem de pele cinza e com uma grande queimadura no rosto. Ele devia ter quase seus três metros tinha um braço deformado com uma mão de madeira em seu pulso direito e uma perna de pau a esquerda.

“Weiss # 1313 algo a comentar?” – perguntou a Rainha com seu tique de sempre.

“Sim. Amável dama, os preparativos de seu massacre estão prontos. Poderia vir a praça de nossa vila?” – perguntou o homem com um sorriso torto por ter as laterais de sua boca remendadas.

“Ótimo, ótimo! Bela dama venha e nos de sua liberdade, por favor, dê-nos tua benção” – exclamou a mulher em seu tique mais acelerado levantando-se de sua cadeira e pegando nas mãos de Alice, fazendo mesma segui-la pelo jardim de flores mortas até praça do vilarejo mencionado. A caminhada fora curta só uns três passos entre os arbustos ressequidos.

Ao chegar à praça dezenas de homens com descrições similares as de Weiss #339 e #1313 a esperavam. Todos sem aradura e com a beça abaixada ajoelhados no chão. Logo que viram Alice começaram em cor dizer: “Ó dama da morte nos traga paz!”, repetiam uma e outra vez, cada vez mais alto e em tom de felicidade.

“Huhuh... Alice. Querida Alice. Há séculos não tínhamos uma querida Alice tão boa que passasse da toca do coelho. Nossa querida e doce Alice venha rápido nos trazer a morte, ou “Alice” logo virá te matar” – disse sorrindo para si em um sussurro o homem no topo de uma árvore distante da praça enquanto observava a Alice que tanto os habitantes de Deathland esperaram.

“Bela dama, por favor, atenda ao desejo de meus súditos. É o máximo que irei pedir, e no lugar de minha amada e velha amiga a Rainha Vermelhe que ostento a cora lhe direi o caminho para chegar á “Alice” e mata-la” – pediu docemente a mulher de vestido branco e olheiras profundas repetindo seu tique nervoso.

“Ok, ok. Eu os matarei!” – disse Alice com um sorriso. Tudo bem mata-los. Quanto mais pudesse afiar sua lamina mais poderia cortar “Alice”, e mais divertido seria. Mesmo assim... Era estranha a sensação de mata-los. Por que eles? Eles não eram como seus “pais”, como aquela mulher que a esquecera, tão diferente da Rainha Branca que parecia tão feliz em tê-la ali. Como o aquele homem que abandonara, tão diferente do Weiss #339 que a resgatou.

Alice começou, andando na praça com sua faca na mão e fincando-a um a um na cabeça dos peões brancos. Todos olhavam diretamente para a garota com um grande sorriso de felicidade logo antes de ter a lamina fincada no topo de suas cabeças para logo após cair sorridentes no chão aos pés da mesma. Era uma visão bela para não dizer mórbida. Um a um os muitos peões eram mortos, todos sorrindo e glorificando, esperando ansiosos por sua vez de finalmente, finalmente morrer. A Rainha Branca aplaudia enquanto sorria com seu tique nervoso. Ela estava feliz, logo , logo poderia cumprir sua promessa à sua amada Rainha Vermelha, logo a morte cairia sobre aquelas terras inférteis e então poderia se juntar a sua amada dama vermelho sangue.

“Jovem dama! Corra! Corra para longe com a Rainha!” – exclamava Weiss #339 que corria para o meio da praça. – “O exercito Rot esta vindo! Camaradas protejam nossa jovem dama da morte!” – foi tudo o que disse. Todos os peões se levantaram e marcharam na direção de onde #339 havia vindo. Seria imperdoável deixar Alice enfrentar tal exercito. Arriscar deixar uma única gota de sangue de sua deusa da morte seria um pecado do qual eles jamais se perdoariam.

Alice foi rapidamente puxada pela Rainha Branca pra um beco estrito pelo qual seria muito difícil os Rot passarem. Elas correram, correram, correram, correram, e o beco parecia nunc acabar.

“Está com medo?”

“Voltaram, é?” – perguntou em pensamento a garota loira de corte Chanel.

“Nunca fui... Crio...”

“Como na sabes?” – perguntou vitoriosa. Era uma grande satisfação para ela poder perguntar isso a alguém naquele lugar. Todos sabiam de tudo e só ela não sabia de nada, era frustrante.

“Quem sabe... Então “Alice” está agindo. Como era de se esperar. Não esqueça sua regra. Sua 5ª regra...”

“Não esqueci! Não estou correndo porque quero, estou sendo arrastada” – respondeu irritada em sua mente.

“Mesmo assim...”

“Calados!” – respondeu antes de notar que havia parado.

“Bela dama, não posso leva-la além daqui. Então siga sempre em frente. Quando passares pela segunda casa preta a contar daqui volte uma casa, corra mais três e volte duas, para então correr mais uma e chegar onde “Alice” está. Mas, em hipótese alguma, entre na floresta” – disse a Rainha Branca com seu típico tique nervoso, seus olhos já fundas nas olheiras pareciam afundar-se ainda mais.

“O que tem na floresta que não posso ir? E por que tenho que voltar tantas vezes?” – perguntou segurando-se para não elevar o tom de voz.

“Weiss #339 não lhe disse minha bela dama? As distancias no tabuleiro gostam de mudar. Se fizer assim elas ficam confusas” – respondeu sorrindo com o seu chacoalhar de cabeça habitual de seu tique.

“Ok, se é isso... Mas por que isso acontece?” – perguntou curioso com o porquê de algo tão irritante acontecer.

“Foi “Alice” que decidiu. Essa é a regra “dela”. Fez isso por que seria divertido, disse “ela” mesma” – respondeu a Rainha Branca.

“Que coisa mais idiota...” – resmungou Alice lembrando-se da garota sorridente e meiga que conhecera no fim da toca do coelho. Tudo que ela conseguia pensar era que “Alice” era algum tipo de retardada.

“Então corra bela dama, corra e mate “Alice” por nós!” – exclamou a rainha de vestido branco com babados da mesma cor.

Alice correu e correu, parecia que nunca sairia da primeira casa preta onde se separou da rainha. Corria, corria loucamente e sempre em frente. Corria, corria sorrindo. Ser livre para correr não era ruim, ser livre para matar não era ruim, ser livre era maravilhoso.

Alice correu e correu até alcançar finalmente a casa branca. O chão uma vez negro agora era pálido e austero. Mesmo assim, tudo estava morte e infértil. Alice corria e corria até se ver de frente a uma marcha de peões vermelhos. Ela pegou sua faca novamente e correu para cima delas. Cortando suas gargantas e rindo com o sangue que escorria. Mas antes que percebesse, estava cercada. Uma lança iria transpassar seu coração, mas tudo o que viu foi um volto e as folhas secas da floresta a cercarem.

Era uma vez uma garota que só conhecia o ódio. Era uma vez uma garota que não conhecia o calor humana. Era uma vez uma garota solitária. É uma vez uma garota que conheceu a valorização. É uma vez uma garota que conheceu o calor de estar com outros que lhe queriam bem. É uma vez uma garota que não conhece os novos sentimentos além do ódio. É uma vez uma garota que matou aqueles que lhe queriam “bem”. É uma vez uma garota que começava a aprender. É uma vez uma garota nos braços do desconhecido.

†Continua†

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William

William

ótimos capítulos esses, que bom ver esta fic revivida após tanto tempo, nota 10 esses novos caps, por favor confinue com a fic Wink

tohru-kun

tohru-kun

mês que vem devem sair masi 3^^
ah! e o cap. 8 finalmente trara o [...]! aaaaah! ele é [...] incrivel! eu estava me matando pra não por o lindo, maligno, sádico do [...] desde o primeiro cap.!
... heheheh, acho que deixei-te agora com a pulga atrás da orelha pra saber quem é ELE.

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William

William

quem será ele?

agora me deixou curioso Tohru, tomara que esse novo cap.saia logo.

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